quarta-feira, 14 de março de 2007


dos Cem Sonetos de Amor, de Neruda.


NÃO TE AMO como se fosses rosa de sal, topázio

ou flecha de cravos que propagam o fogo:

te amo como se amam certas coisas obscuras,

secretamente, entre a sombra e a alma

Te amo como a planta que não floresce e leva,

dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,

e graças ao teu amor vive escuro em meu corpo

o apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,

te amo diretamente sem problemas nem orgulho:

assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

senão assim deste modo em que não sou nem és

tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha

tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

9 comentários:

Citadino Kane disse...

Adoro Neruda!!!
Abraços,
Pedro

Carol disse...

Que bom! Eu tb adoro!
bjo.

Bruno Soeiro Vieira disse...

Carol aquilo que é belo precisa ser divulgado.
A blogosfera precisa de mais poesia como diria o prof. Nelito que logo acima comenta.
Beijoca virtual.
Bruno

Anônimo disse...

Carol,

Deixo este pequeno poema de Neftalí Ricardo Reyes Basoalto para homenagear este teu sorriso.

Gosto quando te calas porque estás como ausente
e me escutas de longe; minha voz não te toca.
É como se tivessem esses teus olhos voado,
como se houvesse um beijo lacrado a tua boca.

Como as coisas estão repletas de minha alma,
repleta de minha alma, das coisas te irradias.
Borboleta de sonho, és igual à minha alma,
e te assemelhas à palavra melancolia.

Gosto quando te calas e estás como distante.
Como se te queixasses, borboleta em arrulho.
E me escutas de longe. Minha voz não te alcança.
Deixa-me que me cale com teu silêncio puro.

Deixa-me que te fale também com. teu silêncio
claro qual uma lâmpada, simples como um anel.
Tu és igual a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão remoto e singelo.

Gosto quando te calas porque estás como ausente.
Distante e triste como se tivesses morrido.
Uma palavra então e um só sorriso bastam.
E estou alegre, alegre por não ter sido isso.

Carol disse...

Oi Bruno!
Tb acho que os nossos blogs deveriam ter mais poesia. Sempre ha alguma que combina com o dia ou com o teor das postagens.
bjos.

Carol disse...

Mauro,
Obrigada pela homenagem... amei esse poema.
bjos.

Bruno Soeiro Vieira disse...

Pô Carol,

O Mauro foi na ferida, o poema condiz inteiramente com o teu sorriso.

Ps: Teu blog está cheio de requisitos de segurança para comentários. Tem a verificação de palavras e depois o nome do usuário e a senha. Será que é possível remover a verificação de palavras? Ficará mais acessível.
Beijoca virtual

Carol disse...

Oi Bruno!
Obrigada pelo comentário sobre o poema e o sorriso.
Sobre os requisitos de segurança, eu vou tentar lembrar como é que faz isso, tá? É muito chato mesmo... bjo.

Anônimo disse...

Adoro poesia e Neruda é só sentimento de amor. Adorei. Parabéns pelo post. Precisamos de poesia, a vida é uma delas.

Bjs

Mari